terça-feira, 26 de maio de 2009

Click, click !

Agora vamos falar de fotografia...
Fizemos uma analise de três fotógrafos de moda e vamos mostrar tuuuuuudo só pra vocês!

Jacques Dequeker: É influenciado por amigos como o fotógrafo Pedro Flores e o maquiador Duda Molinos, cujo trabalho inspira imagens realizadas por Dequeker. Em 2000, o fotógrafo publicou seu primeiro ensaio na revista Vogue Brasil, com a qual tem colaborado regularmente desde então. Jacques faz fotos de grande produção, geralmente com influências gráficas e de luz. A influência da maquiagem fica evidenciada em suas fotografias.




Marcio Rodrigues: Contrasta ensaios completamente monocromaticos e sóbrios com outros super coloridos e com elementos que dão um toque de fantasia na foto.
Um fotógrafo despojado que faz uso frequentemente de elementos lúdicos dialogando com a foto. Seja através de recurso de computador, ou com elementos cenograficos colocados em cena.






David Lachapelle: O fotógrafo é conhecido como o “Fellini da fotografia”. Ele abusa de cores, brilhos e situações inusitadas para o ser humano, sempre buscando trazer imagens inéditas para o nosso cérebro. Suas campanhas sao conhecidas pelo exagero e pela caracteristica nao humana, percebida na plasticidade dos modelos.





Editoriais !

E como falar em moda sem falar dos espetaculares editoriais feitos por todo o mundo ?? É impossível !! E aqui começa uma pequena viagem pelo mundo dos editoriais ...

Vogue Itália - Agosto 2008:
Fashionista que se preza sabe que o principal editorial de moda da revista Vogue Italia é feito por Steven Meisel. E que todo mês, religiosamente, ele despeja uma nova leva de imagens fantásticas sobre os temas mais diversos e extravagantes. Na edição de agosto de 2008 , ele quebrou paradigmas com um ensaio de moda em torno da morte. No editorial a morte aparece com altíssimo conceito estético , com requintes de fetiche, totalmente glam. Não há nada de real, vulgar ou corriqueiro nela.
O cenário claro é um cemitério, em que debaixo de chuva, um grupo de viúvas chiquérrimas vestidas em trajes negros, usando mantilhas de renda, scarpins poderosos, luvas e terços– desfiam suas lamúrias sobre os túmulos.





*** Fotos: Steven Meisel - Fashion Editor: Karl Templer - Make-up: Pat McGrath - Hair: GuidoSet - Design: Mary Howard


Vogue Itália - Maio 2009:
Steven Meisel levou Sasha Pivovarova e alguns homens do Marrocos para Vogue Italia na edição de maio. O editorial é intitulado "Moroccan Holiday". As fotos produzidas para a revista mostram Sasha esbanjando sensualidade em belas e exóticas locações. Jóias, vestidos e tecidos típicos, cheios de cor, fazem parte do style e acrescentam um charme a mais na produção retratando toda a riqueza e cultura do Marrocos.
O editorial tem todo um apelo sensual, com destaque para os colares e pulseiras étnicas, além de turbantes e dos looks assinados por grifes consagradas que completam a produção. Como uma produção dessas e Steven Meisel , o resultado só poderia ser realmente maravilhoso.






Vogue Itália - Abril 2009: O editorial foi realizado numa loja-brechó onde as modelos trocam de roupa entre araras, cestos de roupas e manequins. As modelos vestem Moschino, Maison Martin Margiela, Roberto Cavalli, entre outros, mas sugere a idéia de que podemos nos vestir tão bem quanto se soubermos procurar e misturar peças antigas dos nossos armários e brechós! Podemos ver isso nas imagens com produções que sugerem combinações inusitadas, o desarrumado do cenário e as araras sugerem a busca, a procura de algo que acrescente um diferencial.

*** Foto:Steven Meisel - Modelo:Sasha Pivovarova




*** Fotos :Steven Meisel - Styling: Karl Templer - Make: Pat Mc Grath - Hair :Guido - Set Design :Mary Howard - Clothing Customed By Whalt Hough, Elin Svahm, Karen Kaiser -
Modelos: Darya Kurovska, Portia Freeman, Eliza Cummings.

Vogue Itália - 2007:
Só para relembrar vale a pena ver de novo esse maravilhoso editorial que traz a alegria, o colorido e a estonteante beleza do circo para as páginas da vogue. Com um figurino que retrata toda beleza desse mundo mágico Vestidos, estampas, cada detalhe é de extrema riqueza nessa produção. A locação e cenário nos faz acreditar que de fato as fotos foram realizados em um circo. E os modelos, são modelos, artistas, atores, malabaristas não dá para definir. Esse editorial realmente merece ser revisto sempre.






Ainda sobre vitrines ...

Ainda no assunto vitrine, achamos uma entrevista com Rogério Wolf, vitrinista. Aproveitem !!!

Rogério Wolf é um curioso e aficcionado pelo mundo das vitrines. Com 33 anos, nascido em Campinas, trabalha com vitrines há oito anos e reside em São Paulo há cinco. Rogério tem curso superior inconcluso em Publicidade, na PUC Campinas. Executou trabalhos em vitrinismo, âmbito no qual se especializou, participando de inúmeros workshops que o respaldaram na constituição de seu acervo profissional, cultural e crítico na área. Wolf concebeu diversos trabalhos nos setores de moda, joalheria e cosmética. Em seu blog, Vitrine RG , faz um passeio pelo universo das vitrines, posta imagens do que está acontecendo no Visual Merchandising, dando algumas dicas e escrevendo matérias sobre o assunto. Nesta entrevista Rogério comenta sobre o mercado, dá dicas e fala sobre o processo por traz das vitrines.

O que o levou a se tornar um vitrinista?
Comecei nesta área quase que por acaso, por algum tempo trabalhei como vendedor e sempre prestava atenção e ajudava em dias de montagem de vitrine. Em uma visita a São Paulo, conheci uma grande vitrinista que me convidou para assumir a área comercial e administrativa de um ateliê de vitrinismo. Dentro deste ateliê, aprendi todas as etapas necessárias para que uma vitrine “ganhe vida”. Passando pela coleta de brifing, apresentação de projeto, orçamentos, montagem e manutenção. Comecei a me envolver mais com o início do projeto, o processo criativo e foi então que me apaixonei pelo assunto. A possibilidade de criar e concluir através de muito estudo me transformou em vitrinista

Qual a importância de se montar uma vitrine?
Hoje em dia uma vitrine é responsável por quase 70% das vendas. O cliente passou a comprar pela emoção e não mais pela necessidade. Aí reside a importância de se planejar e se montar a vitrine, uma vez que ela é uma estratégia de marketing geradora de emoções para que produtos sejam vendidos.

Qual o processo de elaboração de uma vitrine?
Aqui na agência denominamos etapas e essencialmente configuram:

  • Coleta de briefing
  • Reunião e conclusão de pauta de criação
  • Pesquisa
  • Desenvolvimento de projeto em 3D dentro do espaço arquitetônico do cliente.
  • Orçamento de projeto
  • Apresentação
  • Adaptação, quando requerido
  • Compra e manipução de materiais
  • Montagem

Onde você busca inspiração? Basicamente na cidade onde moro, São Paulo. Aqui acontece tudo, a todo o momento, a cidade abarca exposições, teatro cinema, moda, etc. Assim, inserido neste contexto, eu estou sempre atento, visto que sou freqüentador de todos esses espaços. Experimentar sensações nesses locais me inspira, visto que eles representam a “centelha” para as minhas criações.

Como funciona uma empresa especializada em fazer vitrines ? Quais os departamentos ? Como funciona a execução dos projetos ? A grosso modo funciona como uma agência de propaganda , gráfica e marcenaria.

Quais as referências que um vitrinista utiliza para compor uma vitrine? A partir do briefing, penso eu que tudo pode ser usado como referência, o comportamento da sociedade, os últimos acontecimentos, uma boa exposição, o teatro, a música. Enfim, tudo adquire a condição de “referência”.

Que dicas você dá para um lojista que não pode contratar o serviço, mas que queira melhorar visual do estabelecimento comercial? Pesquise. Hoje, com a Internet, a informação está mais fácil. Nada de experimentar só por que acha “ bonitinho”. Vitrine é assunto sério.

Como está o mercado de trabalho do vitrinismo? Quais as deficiências? Está crescendo exponencialmente, entretanto, faltam empresas e profissionais para dar conta da demanda. Hoje, a maioria dos projetos é terceirizada. São poucos os casos de uma parceria entre vitrinistas e fornecedores que dão certo. Para se ter uma idéia, a DUO, agência em que trabalho, é a única empresa que conta com uma estrutura abrangente e completa em um único lugar.

Para os que vão ingressar no ramo, qual a dica que fica? Comunique-se, busque contatos, fique atento às possibilidades.

**Fonte: http://www.fashionbubbles.com/2008/entenda-como-funciona-universo-das-vitrines-entrevista-rogerio-wolf/

E dá-lhe entrevista !!!

Mais uma entrevista quentinha pra vocês que o Compartilhando Moda conseguiu com o queridíssimo produtor e estilista Jeomar Vidal.





Compartilhando Moda: Como e quando tudo começou?

Jeomar Vidal: Começamos a editar a Fina Stampa Oficial em 2002 na cidade de Ubá, Minas Gerais. Nessa ocasião não tínhamos experiência para fazer editoriais, elaborar pautas e dirigir equipes. Então me vi com essa responsabilidade junto com outros sócios. Posso dizer que era bem complicado. Pois uma coisa é você estudar determinada matéria, outra coisa é você de cara partir para a prática sem o conhecimento da teoria.

C.M: Qual o motivo da escolha desta profissão (Produtor de moda)?

J.V: O motivo foi por necessidade, pois como estávamos no princípio do projeto, não tínhamos o capital suficiente para bancar profissionais capacitados. Daí, eu coloquei a mão na massa.

C.M: Teve alguma dificuldade na profissão, se sim, pode nos contar?

J.V: No princípio eu achava tudo muito chato, pois era muito trabalho e o mercado onde estávamos era pouco receptivo ao nosso projeto. Ubá tinha vocação para a fabricação de móveis e a nossa cabeça estava voltada para a moda. Com exceção de meia dúzia de empresários que entendeu que a coisa poderia estar ligada ao design de produtos em geral e não puramente no mercado de móveis populares. Nossa visão era mais ampla, de dentro pra fora. E os possíveis clientes não confiavam que o projeto tivesse futuro. Então, como a caravana não podia parar, tínhamos que desenvolver múltiplos papéis. No meu caso, passei a ser na marra um editor de moda. De cara fui para as ruas ver vitrines com olhos de editor, visitando lojas, pesquisando tendências, buscando sapatos para as fotos... E ao mesmo tempo eu tinha um horário pouco flexível, pois também trabalhava como estilista de sapatos para a grife Cláudia D’ávila. E de modo que fui me adaptando e tomando gosto pela coisa e vi que aos poucos poderia aprender e fazer bem isso; apesar do tempo muito corrido para realizá-los. E tinha outro agravante, como estávamos numa cidade onde o mercado de moda era pequeno, não dispúnhamos de muitos recursos, como modelos profissionais e pessoas expert no assunto de produção e muito menos capital de giro. Mas cheguei a fazer trabalhos interessantes com pessoas de muita garra e talento como: Miron Soares, Marcelo Mostaro, José Camarano, Kysi Condé, Alcione Delazari, entre outros. Então tudo foi um aprendizado... Um tempo valioso que passou...

C.M: Qual editorial que mais te marcou?

J.V: Foi um com o título de Moderno Mutante. Mas vamos voltar a fita... Deixamos Ubá para trás e rumamos para a Divinópolis no centro-oeste mineiro. Vimos de cara uma cidade muito moderna e aquele novo ambiente deu inspiração para o novo editorial.
Botamos na cabeça que precisávamos de algo mais conceitual em termos de estilo e que a modelo não poderia ser uma mulher comum. Buscávamos um novo rosto tropical, que fosse exótico e que tivesse ao mesmo tempo os padrões de medidas internacionais. E andando absorto pelas ruas de Divinópolis encontrei o rosto que precisávamos: a modelo Maria Alvarez. Digamos que esse editorial foi o divisor de águas. Com essa produção vimos que poderíamos ir mais longe... era hora de mudar de novo.

C.M: Em seus editoriais tem alguma semelhança, por exemplo, algum ponto que acha indispensável, que não pode faltar?

J.V: Vou te falar uma coisa, depois que aportamos de vez em Nova Serrana, minha visão de fazer produção de moda mudou muito. Fiquei mais detalhista, passei a acompanhar tudo de perto... A querer o melhor maquiador, o melhor cabeleireiro... De modo que fiquei criterioso nas escolhas. E partido das experiências anteriores notei que a boa modelo é fundamental, mas também não podemos esquecer do fotógrafo, pois ele é o olhar que vai agrupar todas as informações que queremos passar. Nesse ponto gosto de trabalhar com o fotógrafo Otavio Fam, temos uma ótima sintonia profissional.

C.M: Qual a parte de um editorial que mais gosta de fazer?

J.V: Montar o visual, colocar a mão, olhar o todo, deixar a mulher mais intrigante e bonita. Fazer dela uma nova personagem.

C.M: Como faz a escolha do que por nos editoriais?

J.V: Parto de uma idéia pré-concebida rabiscada em papéis. Depois vejo se encontro aquilo no mercado. Espalho as peças no ambiente, e depois jogo no manequim de atelier. Mas a princípio foco mesmo nos sapatos. Eles são prioridades pra mim, pois não gosto de editoriais que não mostram os pés.

C.M: Sei que atua como estilista também, e isso facilitou para fazer as produções?

J.V: Logicamente que sim, pois sou um profissional que pesquisa muito no aprimoramento do meu trabalho como estilista; ao mesmo tempo aproveito pra ver as informações com olhos de produtor.

C.M: E por fim, conta com muitos colaboradores para fazer suas produções, editoriais?

J.V: Sim. Sem os colaboradores fica impossível editar. O material humano é imprescindível para um trabalho consistente, de expressão. Sem as pessoas que estão por trás das produções, as idéias perdem a força. Trabalhando em equipe os sonhos tomam formas surpreendentes, inesperadas...

Vitrines ...

Quando estamos passeando em algum shopping, na rua, nas galerias ... o que nos faz entrar em alguma loja ??? São elas, as vitrines !! Elas nos despertam algum tipo de sensação ou desejo indescritíveis. Por isso, selecionamos algumas vitrines para vocês !!



A loja Bergdorf Goodman abusou da criatividade e não gastou muito com o material. Os painéis coloridos do fundo, com rostos famosos, são feitos com post-it coloridos!!!!Incrível!.Manequins neutros, cabeça de ovo,seguindo uma forte tendência apresentam looks em cores quentes e frias, separadamente,tudo num clima bem despojado.


A Lanvin é uma marca que sempre abusa da criatividade e irreverência, uma das brincadeiras é jogar com apenas as pernas dos manequins em situações inusitadas.






A loja Ginza, em Tóquio, trouxe um dinossauro para a vitrine, mostrando toda a irreverência e capacidade de sonhar alto das grifes japonesas. Os manequins morenos ficaram lindos com o fundo texturizado laranja.



Estudantes da Central Saint Martins College of Art and Design, em Londres, uma das melhores e mais importantes escolas de artes criativas do mundo, inspiraram-se na história da Louis Vuitton, na imagem e no conceito da Maison. O projeto Latitude 48.914 / Longitude 02.286 dos estudantes do segundo ano do bacharelado de Design Gráfico, Christopher Lawson, do México e Marcos Villalba, do Uruguai, foram os escolhidos para decorar as vitrines da marca. Foram feitas maquetes topográficas, tomando como base as latitudes e longitudes do terreno onde fica a primeira loja da Vuitton em Asnières. O resultado ficou incrível!!!!



A Polo Ralf Lauren é uma das grandes marcas que sabe como transmitir todo o conceito da coleção através das vitrines. O cotidiano dos seus clientes é mostrado impecavelmente nas vitrines, como a pratica de esportes finos, como tênis, pólo e separadamente, com uma elegância incrível, trajes de gala.




**Mas nem tudo é beleza quando o assunto é vitrine. Muitas lojas acreditam que o profissional de vitrinismo é um bom ícone para se cortar do orçamento. E muitas vezes, isso acaba em desastre... Mistura de trajes esportivos com sociais, 3000 manequins expostos,com ares mutilados, muitas vezes, 8000 objetos dispostos em todos os cantinhos da vitrine, são os erros mais vistos. Quando a loja é de acessórios então, o caso se complica ainda mais! Afinal, existem regras básicas para expor acessórios, uma altura mínima(e nunca no chão), a iluminação tem que ser específica, focada nos objetos e principalmente um número compatível com o tamanho da vitrine. Um passeio nas ruas da cidade com um pouco de atenção, fica bem fácil de concluir se devemos ou não contratar um profissional!

Propaganda, a alma do negócio !

Vamos falar um pouco sobre propaganda, afinal, elas são a alma de qualquer marca.
Nada melhor para o lançamento de alguns produtos do que uma propaganda bem feita, com uma ótima elaboração.
Cada uma tem seu estilo, seu público, uma forma bastante diferenciada para a apresentação.


Uma das propagandas mais marcantes é a do perfume J’adore – com Charlize Theron, onde o conceito é muito bem trabalhado. É uma fragrância para a mulher que sabe o que quer e está pronta para a conquista; com imagens bem sensuais atrai diretamente o consumidor.

** Propagandas de cosméticos e fragrâncias estão sempre ligadas a algum tipo de “provocação”, de sensualidade; muito mais do que as de bolsas e calçados.


A propaganda outono/inverno da Ferrucci foi originada a partir do conceito de sofisticação, destacando a originalidade e a forte vertente fashion de seus modelos. Tais características foram perfeitamente harmonizadas e exploradas em todas as peças publicitárias da grife para o período invernal. Ao colocar um plano neutro com a modelo também vestida de forma neutra, os olhos fixam sua atenção para o principal da imagem, os sapatos. Uma propaganda bem clara e elegante.

**Tudo depende bastante do estilo da marca, o que pretende ser mostrado e o que quer ser passado ao consumidor.



Analisando a propaganda da Ágatha percebemos uma grande diferença das citadas acima.Está transmitindo leveza, bem estar e estilo em sua imagem. O fato das modelos estarem pulando, se mexendo, prejudica um pouco na amostragem das roupas, mas se olharmos o conceito, está perfeito.



segunda-feira, 25 de maio de 2009

Saindo do forno ..!

Genteeee, conseguimos pra vocês uma entrevista com o badaladííííssimo Stylist Rodrigo Cezário. Aproveitem !!


Compartilhando Moda: Como entrou no mundo da moda?

Rodrigo Cezário: Comecei aos 21 anos como modelo.

C.M: Conte um pouco da sua trajetória na carreira.

R.C: Sempre me interessei pelos bastidores, fui conhecendo este universo, principalmente quando desfilava em São Paulo, em eventos que já tinham uma super estrutura. Perguntava aos produtores e stylists como tudo funcionava. Não ficava parado, estava sempre pesquisando. Trabalhei um tempo em loja, outra experiência importante, pois aprendi muito sobre comportamento do consumidor e varejo de moda. Fui assistente de produção do falecido Aristides Neto e depois no CIMO - Centro Integrado de Moda. Em 2003 participei do 1o Concurso de Novos Talentos de Moda, conquistando o primeiro lugar na categoria stylist. Na época já estava na ID&A Comunicação, uma agência de publicidade onde atendia clientes de moda como Horizonte Têxtil, Paula Bahia Calçados, enre outros.Em 2005 montei um home office e agreguei a produção executiva aos serviços. Hoje temos uma equipe que atende agências de publicidade, confecções e pessoas físicas em Belo Horiznte, Espirito Santo e Rio de Janeiro.

C.M: Que trabalhos você já realizou como produtor de moda?Qual o mais marcante?

R.C: Uma das grandes experiências foi participar da BHS, uma das primeiras revistas de moda de BH. Aprendi muito e tive contato com os melhores profissionais do mercado.

C.M: Quais são seus maiores desafios?

R.C: Hoje em dia é administrar agenda, atender bem a todos os clientes sem perder a qualidade do trabalho.

C.M: Como produtor, você segue algum plano metodológico?

R.C: Tudo começa com o briefing com o cliente, depois pesquisamos as informações e fornecedores necessários e traçamos nossa estratégia, nosso planejamento de produção.

C.M: Você acredita que Belo Horizonte tem um campo bacana de Moda?

R.C: Acredito que o mercado está crescendo, mas ainda há uma certo amadorismo da parte do cliente.

C.M: Quais são seus projetos para o futuro?

R.C: Quero que nosso escritório continue crescendo e trabalhando com clientes de grande porte. Quero trabalhar com cinema, escrever livros e ensinar o que tenho aprendido.

C.M: Deixe um recado para quem está começando.

R.C: Seja original, responsável, organizado e humilde. Ser educado ainda abre muitas portas.

Espero que tenham gostado. A equipe do Compartilhando Moda agradece a colaboração do Rodrigo.

Pelo mundo das passarelas ...

O palco para o espetáculo da moda tem que estar necessariamente em sintonia com o tema da coleção e com o estilo do designer.
Nos últimos desfiles tivemos muitas passarelas diferentes. A Neon inovou no último São Paulo Fashion Week, projetando imagens na parede durante o desfile. Cada imagem era complemento de um look, e as projeções davam uma ar diferente às estampas, característica irrefutável da marca.




Outro estilista do SPFW que deixou a passarela com a sua cara foi Ronaldo Fraga. Ao apresentar sua coleção inspirada no espetáculo de bonecos Giz, ele introduz na passarela grandes bonecos brancos, que remetem aos bonecos originais do espetáculo e deixa o cenário do desfile engraçado como o próprio estilista.







Ainda na semana de moda de Sp fizeram a diferença na cenografia da passarela OESTUDIO e Do Estilista. A marca carioca de jovens estilistas se inspirou nos deficientes visuais para criar a coleção e na passarela retratou isso com um corrimão, que ajuda os expectadores a entenderem o propósito da coleção.

OESTUDIO:







A marca de Marcelo Sommer, Do Estilista, inseriu na passarela bicicletas e esteiras ergométricas, nas quais os modelos se exercitavam enquanto outros desfilavam. A brincadeira deixou o desfile com a exata cara do criador.